A simbologia da terra está associada ao princípio passivo, ao feminino, à obscuridade, ao yin, à densidade, à fixação, à dissolução e à condensação. Num simbolismo comparativo a terra opõe-se ao céu. Representa a substância universal, primeira separada das águas. Simboliza uma função maternal, concede e rouba a vida. Representa também a fecundidade e a renovação.
Para os chineses traduz uma conotação quadrada, delimitada pelos seus quatro horizontes. Em algumas tribos africanas existe o hábito de comer terra num simbolismo identificador. Observamos também em alguns povos, rituais de enterros simbólicos seja para curar ou fortificar, ou ainda como rito iniciático representando renascimento.
Na literatura, frequentemente observamos uma curiosa comparação entre a terra fértil e a mulher: o lavrar e a penetração sexual, a agricultura e o ato gerador, o parto e a colheita, os frutos e o aleitamento, o ferro do arado e o falo do homem.
Para os Astecas, num simbolismo de opostos, a deusa Terra seria a mãe que alimenta mas também que necessita dos mortos para alimentar-se.
Para os Maias existe uma associação da terra com a lua e essa deusa luniterrestre dominante, presidia todas as coisas e além dos nascimentos era detentora do princípio da manifestação.
Observamos na antiguidade o ícone da terra ser carregada por certos animais: para os japoneses era um peixe, na Índia uma tartaruga, no Egito um escaravelho, para os ameríndios uma serpente, no sudoeste da Ásia por um elefante, etc. Esses mitos eram usados para explicar os terremotos e abalos sísmicos, como sendo movimentos súbitos desses animais.
Existe ainda um aspecto religioso que encontramos em muitos povos, as denominações de Terra Santa, Terra prometida, Terra de Imortalidade, Terra de retribuição, Terra Negra, etc. Sempre expressando um caráter sagrado, acolhedor, maternal e sustentador.