O trono e o pedestal traduzem um simbolismo de suporte da glória ou manifestação da grandeza humana e divina. Nos escritos cristãos e também islâmicos observamos o ícone do Trono divino descrito sempre de forma esplendorosa porém com a mesma finalidade de expressão: revelar a glória de Deus e a subordinação de todo o universo ao seu poder. O budismo situa o trono de Buda ao pé da árvore de Bodhi, no centro do mundo. Os tronos hindus são de várias naturezas, por exemplo o padmasana, assento ou pedestal de lótus é o assento de Vixenu e exprime a harmonia cósmica; o simhasama, trono de Shiva, é apoiado por quatro animais que correspondem às quatro eras do mundo e às quatro cores, é o suporte da elevação em direção ao Conhecimento supremo pelo domínio das energias do cosmo.
O trono engloba todas as coisas, simboliza a manifestação universal, o equilíbrio e a harmonia, é o suporte da manifestação gloriosa de Deus, da Misericórdia-Beatitude. Também devemos citar que tronos são o nome dado aos anjos da primeira hierarquia, aqueles que se encontram mais próximos de Deus e totalmente longe das baixezas e tensões mundanas, possuem o privilégio de servirem de assento a Deus e de se abrirem aos dons divinos.