Mensageiro do Olimpo, possuía asas nos pés ou sandálias aladas que lhe proporcionavam rapidez e simbolizavam uma força de elevação, é tido como símbolo de inteligência industriosa e realizadora, patrono do comércio, porém revela por outro lado um aspecto de força limitada a um nível utilitário e facilmente corruptível. Seria o intelecto pervertido, possuidor de habilidade maliciosa e de astúcia, e talvez por isso considerado também o protetor dos ladrões. Foi o inventor da lira e da flauta, presenteados à Apolo em troca de lições de magia divinatória e do caduceu de ouro. Por vezes é representado com um cordeiro aos ombros, de onde originou o nome de Crióforo, divindade agrária, protetor dos pastores e guia das almas no reino dos mortos, sendo considerado o Acompanhador de almas e fazendo uma alusão ao Bom Pastor, surge sempre como uma figura de mediador entre a divindade e os homens.
Comumente homenageado nas encruzilhadas dos caminhos, era considerado também o deus das viagens e dos viajantes, onde se erguiam estátuas suas para afastar o mal e os fantasmas. Sua simbólica inspira-se no deus egípcio Tot, mensageiro, mediador, juiz interior, iluminador e guia, aquele que revelava aos homens a sabedoria assim também como o caminho da eternidade.