Alma envolve mistério, sobrenatural, invisível, etc, por estar relacionada com as crenças pessoais de cada um. Teoricamente a maioria das pessoas admite que existe algo além do corpo físico e esse algo muitos chamam de alma que em alguns relatos pode ser visível ou até tangível. Porém é sempre motivo de dúvidas ou questionamentos: mortal ou imortal, visível ou invisível, material ou imaterial, etc. Independente de ser real ou suposição, fato é que, a alma gera simbolismos diversos desde as antigas civilizações. De um modo geral a alma simboliza o sopro, o princípio vital, a energia que anima o corpo físico.
No antigo Egito era representada pela íbis-sagrada (ave com cabeça humana), simbolizando o princípio imortal de natureza celeste, o espírito próprio de cada indivíduo.
Para os índios da América do Sul, uma mesma palavra pode designar alma, sombra ou imagem e também acreditam que o homem pode ter várias almas com funções diferentes.
Nas crenças populares da África do Norte o ser possui duas almas, uma vegetativa que corresponde às paixões e emoções e outra sutil que corresponde à vontade.
Para os povos siberianos, os animais e os homens possuem uma ou várias almas.
Entre os turco-mongóis existe a crença de que a alma vive separada do corpo e em geral vive sob a forma de um animal, inseto, pássaro ou peixe.
Para muitos povos da Ásia e da África Negra as almas dos reis, chefes ou sábios reencarnam em animais.
Para os chineses a alma é dupla e composta de dois princípios: Kuei, a alma mais pesada e Shen, a parcela divina do ser.
Para os druidas a alma era imortal e os defuntos continuavam levando uma vida semelhante a desse mundo no além.
Para os gregos a alma, psyché, significava sopro, mais tarde os filósofos distinguiram na alma humana: partes, faculdades, forças e princípios. Pneuma, sopro espiritual, numa imagem de alma-espírito. Já os romanos designaram em latim: spiritus. Paulo de Tarso assim apresenta o homem integral: o espírito (pneuma), a alma (psique) e o corpo (soma). No cristianismo desenvolveu-se o sentido místico da alma, animada pelo Espírito Santo, seria a comunhão com Deus.
Na psicanálise, Jung, apresenta a alma como um estado psicológico que deve gozar de certa independência nos limites da consciência. Para ele a alma não coincidiria com a totalidade das funções psíquicas.
No misticismo popular encontramos outros tipos de referências simbólicas para a alma, como vender a alma ao diabo ou a questão das almas do outro mundo que traduzem um simbolismo de medo, realidade renegada ou produtos do inconsciente.