Importante deus do olimpo egípcio destaca-se por representar a continuidade dos nascimentos e dos renascimentos. É um deus que representa as atividades terrestre e celeste, desce ao mundo dos mortos, encarna a regeneração e por fim ressuscita. Morto, mutilado, despedaçado e ressuscitado representa o drama da existência humana, destinada à morte, mas triunfando periodicamente sobre esta. Na iconografia egípcia é normalmente representado com seus três atributos: o cetro, o chicote e o bastão de longa vida, semelhante a um raio de sol.
Observamos no mito de Osíris as três fases da individualização psíquica: Osíris morto e encarcerado é a imagem da integração do ego; Osíris mutilado é a imagem da dissociação e da desintegração e por fim Osíris reconstituído e dotado de sua alma eterna representa a reintegração sob uma forma mais elevada, abrangendo uma significação espiritual. Tudo isso pode ser observado para caracterizar uma pessoa ou uma coletividade nas diferentes fases do caminho até atingiram o cume de sua evolução.