Seu simbolismo não pode ser dissociado do simbolismo do Sol, pois sua luz não passa do reflexo da luz solar e também em consequência dessa manifestação obtemos suas mudanças de forma, chamadas de fases lunares. Basicamente um símbolo feminino, é também relacionada com periodicidade, dependência e renovação. É tida ainda como símbolo de transformação e crescimento. Sua caracterização de ciclo, por ser um astro que cresce, decresce, morre e renasce faz dela um símbolo dos ritmos biológicos, gestora dos ritmos da vida, controla todos os planos cósmicos regidos pela lei do vir-a-ser cíclico: água, chuva, vegetação, fertilidade, etc.
Para o homem, a Lua é um símbolo da passagem da vida à morte e da morte à vida, considerada em muitos povos como o lugar dessa passagem tal como os lugares subterrâneos. Dessa assimilação observamos em algumas crenças diversas divindades que são ao mesmo tempo lunares, ctônicas e fúnebres.
É o astro que reina na noite, evoca a beleza e a luz na tenebrosa escuridão, porém como essa luz é somente um reflexo da luz do Sol, a Lua se torna símbolo do conhecimento por reflexo, ou seja, indireto, teórico, conceptual, racional, progressivo, frio, discursivo; é passiva, é yin, é receptiva.
Em diversas crenças é considerada a companheira ou esposa do sol e nessa associação também observamos diversas divindades lunares e solares que se desposam. Entre os Maias é um símbolo de preguiça e de desregramento sexual. Na tradição judia simboliza o povo hebreu, correlacionando as fases da Lua com a característica nômade do povo. A Lua também é mencionada com frequência no Corão e como o Sol, é um dos signos do poder de Alá. Os budistas creem que Buda meditou 28 dias debaixo da figueira, ou seja, um mês lunar, antes de atingir o Nirvana.
Por outro lado observamos nas tribos dos índios gês do Brasil central e nordestino, em todo o mundo semítico do Sul (árabe, sul-arábico, etíope) e entre vários povos não-nômades, a Lua como uma divindade masculina, é o guia das noites.
Para a astrologia, a Lua simboliza o princípio passivo, fecundo, a noite, a umidade, o subconsciente, a imaginação, o psiquismo, o sonho, a receptividade, a instabilidade, a transição e a mulher, tudo isso por ser refletora da luz solar.
Na mitologia e no folclore popular, os inumeráveis mitos e lendas lunares, suas divindades e associações místicas, vem desde o princípio das civilizações e estão sempre ligados à fecundidade, a feminilidade e as transformações.