O mundo engloba os três níveis de simbolismo: celeste, terrestre e subterrâneo, que corresponde aos três níveis de existência ou aos três modos da atividade espiritual. Retratando sempre uma dialética de ascensão, numa expressiva significação psíquica e espiritual: o mundo de baixo e o mundo de cima, passando pelo mundo intermediário.
O mundo de baixo, traduz um simbolismo de movimento, fluxo e refluxo, repetição e ciclos, enquanto que o mundo de cima simboliza a imóvel eternidade. O progresso do homem depende desse contínuo movimento de transformação. Os gregos e romanos consideravam que os vulcões, as crateras, as fendas nas rochas eram caminhos que ligavam os mundos terrestres e infernais, os dos vivos e dos mortos, enquanto que as grandes montanhas eram o elo com o mundo celeste. Para os egípcios o mundo inferior era uma réplica do mundo terrestre invertido, onde o morto trabalhava e viajava na vida além-túmulo.
Ou seja, praticamente todas as culturas designam o plano terrestre como o mundo em que o homem habita e enfrenta as suas provas e desafios, abaixo desse, um plano associado à maldade, às trevas e às forças desintegradoras do bem ao qual o homem pode descer quando fracassa, e acima um plano celeste aspirado por todos que desejam alcançar a felicidade, onde habitam os deuses, reina a paz e a harmonia.